30 junho 2006

A última reserva do pensamento nacional

Por Olvídio Mor Horelhãns

A recente edição de “Frases d’A Primeira” (8/06) traz mais uma bela reflexão. A jornalista d’A Primeira Vítima Julinha Botelho deu espaço para uma das cabeças mais brilhantes do meio político de São Paulo.

Agora é a vez de Saumo “Cachorro-Louco” de Casto Abriu Filho, secretário de Insegurança Pública e Notória do Estado de São Paulo, revelar todo um lado sensível, meigo, amoroso mesmo, beirando a delicadeza de uma pétala.

A fórmula para o sucesso da seção é simples. O jornalista deve simplesmente pinçar dizeres que refletiam a essência do pensador. Com isso, há a humanização do retratado (eu disse “retratado”), tão rara no jornalismo hodierno. Com efeito, o espaço credencia-se cada vez mais como a última reserva do pensamento nacional.

29 junho 2006

O jornalista, sua tese e os especialistas

Por Olvídio Mor Horelhãns

O interesse público é o norte do jornalista sério, isento, imparcial, comprometido com a busca da verdade e, sobretudo, ético (pensei em soltar um comentário avacalhando essa frase, como de costume, mas ela é tão ridícula que não carece).

Isso posto, só existe uma coisa mais importante para esse profissional: o interesse dele mesmo. O repórter de A Primeira Vítima Olvídio Mor Horelhãns dá um show de equilíbrio em sua matéria “Especialistas explicam os problemas do Parmeira”.

Partindo da tese de que o Vergão sofre por causa de problemas externos, Horelhãns consegue sem fanatismo – característica inerente à cobertura futebolística – explicar aos nossos leitores as reais causas de uma campanha tão ruim do time de Parque Antárdida.

A dificuldade maior nesse tipo de matéria está justamente em encontrar especialista que concordem com os argumentos do repórter. Porém, como se trata do maior jornalista do Brasil, do mundo e de Santo André e região, a tarefa torna-se uma brincadeira de criança.

28 junho 2006

Polêmica

Por Olvídio Mor Horelhãns

A última edição de “Dicas de Primeira” despertou grande, imensa polêmica entre leitores, ouvintes, telespectadores e colaboradores de A Primeira Vítima. A seção destacou o trabalho de estréia de um dos mais importantes cantores nacionais: Gaybriel Chabita.

A aposta bancada pelo repórter Olvídio Mor Horelhãns sofreu duras críticas (ih, é melhor nem usar a palavra “duras”). Recebeu apoio também. Com a palavra, os leitores.

Descendo o porrete:
Vcs são homofóbicos, hein?”, do Anônimo (costumeiro leitor do noticioso)

Sou colaborador d'A Primeira Vítima e contra esse tipo de piada homofóbica. Acho que esse texto passou do limite.”, novamente do Anônimo (viu como ele sempre aparece)

De apoio:
Gostaria de discordar dos últimos dois comments: não vi um grau tão acentuado de homofobia no texto... Onde está o bom humor e a ironia? Mais homofóbica é a posição do Chabita, que esconde sua opção sexual e se esconde atrás de livros. Quem dera todos fossem como o grande ator Ian McKellen (o Magneto), que assumiu sua homossexualidade e ainda ganhou um título de Sir depois disso! Viva às piadas e abaixo à repressão!”, do Anônimo mais uma vez (depois de captar as entrelinhas do texto)

E de histeria:
Meu querido Olvídio, acho que você confundiu ALHOS com BUGALHOS! Chabita não passa de uma fonte secundária de minhas colunas, sendo que o contato mais "íntimo" que tive com ele foi por telefone. Aliás, sem querer causar qualquer tipo de intriga, quem CEDEU o número do Chabita a mim foi você!!!

Cordialmente,

Oscar Alho, jornalista, nordestino e MACHO (tá, isso é pleonasmo...)
”, do brilhante, cintilante e purpurinado Oscar Alho, repórter d'A Primeira

Tive uma longa (putz, desculpe-me de novo) conversa com Horelhãns. Em comunicado interno, ele admitiu o erro na dose. Pediu desculpas aos colegas, o que se estende aos leitores. E, sobretudo, ao grande intérprete nacional. O repórter agradece as críticas e as manifestações de apoio.

27 junho 2006

Como (tentar) liquidar o maior jornalista do...

Por Olvídio Mor Horelhãns

Sucesso, fama, dinheiro, mulheres, talento, competência, inteligência, credibilidade, influência, prestígio, beleza, cultura y otras cositas más sempre foram coisas naturais na vida do jornalista de A Primeira Vítima Olvídio Mor Horelhãns.

Isso, obviamente, desperta sentimentos menores em colegas do Brasil, do mundo e de Santo André e região. Dentre os itens relacionados no parágrafo acima, o único alvo dos algozes de Horelhãns é a sua credibilidade. Os demais são impossíveis de lhe serem tirados. Com isso em mente, orquestraram um plano para implodir sua carreira.

Deu-se da seguinte forma. Um conluio entre proprietários de conglomerados midiáticos, profissionais do setor, governantes das maiores potências mundiais e seres interplanetários decidiu tentar desqualificar Mor Horelhãns. O objetivo é fazê-lo errar.

A empreitada contou ainda com apoio da PIA (Piada Central de Inteligência, na sigla em inglês). Porém, num belíssimo trabalho de contra-espionagem, o Serviço Secreto de Santo André e região (SSSAr) e o Serviço de Inteligência de Santo André e região (SISAr) detectaram a ação. Esqueceram apenas de avisar Horelhãns.

Diz o relatório produzido em conjunto pelos SSSAr e SISAr: “Os manu qué qui o chefe [Olvídio Mor Horelhãns] dê brecha. Pra isso, eles vai usa tecnologia da hora, meu. Quando o chefe batê os zóio num comentário do baguio [da matéria a ser criticada] vai vê tudo errado. I os outrus manu que lê a parada, não. Daí [dispositivo lingüístico utilizado para conclusão do documento] a galera vai pensá que ele é mô mané”.

As provas levantadas pelos SSSAr e SISAr são incontestáveis:

1º comentário: feito na matéria
Hanz Dhonner disse...
Você está virando um especialista em trabalhar a informação graficamente
.”

2º comentário: no texto do ombudsman
Hanz Donner disse...
ERRAMOS: Quem fez o comentário sobre a habilidade gráfica de Oscar Alho fui eu, Hanz Donner, e não o repórter John Renner. Os ‘nn’ devem ter confundido o nobre ouvidor. Em tempo: além de Alho, já fui entrevistado por Figueroza. Renner sempre mostrou desprezo por meu trabalho artístico e por minha exótica vida pessoal.


Repare, caro leitor, que há uma diferença sutil entre os dois nomes. Na primeira assinatura há a letra “h”, ausente na segunda. Esse indício levou o SSSAr e o SISAr a desmascararem a trama. Ou seja, enquanto os fãs do noticioso lêem “Hanz Dhonner” ou “Donner”, Horelhãns enxerga “John Renner”.

Assim, o plano teria mais de um objetivo: fazer o repórter errar, o que é impossível; e indispô-lo com os demais colegas de A Primeira Vítima. Isso consta no documento do SSSAr e SISAr: “Era pro chefe dá milho e a rapaziada acabá com a raça dele. Num ficá nem o xérox.”

Não é a primeira vez que tentam acabar com Horelhãns, que já vem denunciando isso há tempos. Um exemplo é o seu brilhante texto “Especial: Jornalistas d’A Primeira Vítima prestam consultoria a envolvidos em corrupção”, com a respectiva crítica brilhante, “Coragem, repercussão e a tiazinha do refeitório”. Vai ter troco!

26 junho 2006

A cada conceito lançado, milhões de aplausos

Por Olvídio Mor Horelhãns

Calmamente, A Primeira Vítima vai revelando aos seus leitores os mais variados conceitos em jornalismo. Agora é a vez da reportagem-síntese-gráfica. Trata-se, como o próprio nome diz, de uma reportagem em forma de síntese com utilização de gráficos.

MARKETING POLÍTICO: Antuni Menininho ensina”, de Oscar Alho, foi um sucesso. Leitores, e até mesmo colegas, manifestaram enorme satisfação com o novo conceito. A Annie, assinante número 1 do noticioso, mandou: “Bem-feito, Redondo!!! Hahahaha...”

Já o colega John Renner buscou de forma sumária resumir a sensação de toda a equipe. Ele anotou: “Você [Oscar Alho, que me deve cerca de R$ 15 mil, e vive me enrolando] está virando um especialista em trabalhar a informação graficamente”.

A Primeira Vítima, sem sombra de dúvidas, já guarda um lugarzinho na história do jornalismo. Humildemente, sabemos que, a cada conceito aqui lançado e propagado, são milhões os aplausos. Para ser sincero, os fãs vão à loucura. Sucesso total.

23 junho 2006

Dança das cadeiras: quem dá o tom é o repórter

Por Olvídio Mor Horelhãns

A cobertura política exige muita sagacidade dos jornalistas. Caro leitor, eu precisava começar a porra do parágrafo: a primeira merda que veio, escrevi. E, pior, você leu. Fala a verdade, ninguém merece (para ficar numa expressão muito em voga).

Pois bem, vou tentar ser sério daqui pra frente (como se isso fosse possível). A Primeira Vítima é o noticioso de maior prestígio no meio político. Claro, rola uma identificação. Com isso, antecipar fatos é uma constante aqui.

A matéria “REFORMAS: Alquimin entra para o cangaço, Lulla para o futebol, Mancola deve assumir BC”, do incansável Paco Figueroza (pô, ele postou em pleno domingão), revela ao caro leitor os próximos passos de importantes personalidades do país.

É o que chamamos em política de “dança das cadeiras”. Em síntese, esse fenômeno é similar ao que acontece em programas de auditório, naquela “prova” em que artistas brigam por um acento assim que a música é interrompida. Porém quem dá o tom é o repórter.

O cuidado necessário nesse tipo de matéria é justamente no trabalho de apuração (jargão que significa “o que você não descobrir, invente”). E Paco Figueroza, assim como todos os profissionais do noticioso, é mestre nesse quesito.

22 junho 2006

O erro de um serviço e balanças em fuga

Por Olvídio Mor Horelhãns

A matéria de Paco Figueroza “Parceria quer ressuscitar universidade que já foi maior do Brasil” está, como de costume, impecável nos quesitos apuração e texto. Porém faltou ao repórter observar o que prescreve o Manual de Redação, Direitos e Procedimentos de A Primeira Vítima.

Na página 12.789, parágrafo 12, artigo 5º, inciso 19 do livreto, está: “Todo o serviço de interesse único e exclusivo do leitor deve constar no corpo do texto. O idiota do repórter que esquecer esse detalhe será devidamente punido. Pena: dez flexões e suspensão da merenda por uma semana”.

Ora, o leitor tem o direito de saber como participar de iniciativas que beneficiem toda a sociedade. A falha foi corrigida graças à alta proximidade do noticioso com seus fãs. Paulo “Marcola” Massola anotou em comentário interativo: “Mais informações no site - http://www.pcc.usp.br/”.

Ao caro leitor, nossas sinceras desculpas. Devo esclarecer também que a punição a Figueroza veio em boa hora. O rapaz já estava passando das medidas. Não há uma farmácia no entorno da sede de A Primeira que tenha uma balança funcionando. As que restaram fugiram em desabalada carreira.

21 junho 2006

Revelando detalhes com muito tato

Por Olvídio Mor Horelhãns

Responda rápido, caro leitor: qual é a ocupação do homem público que recebeu o seu voto nas últimas eleições? Incômoda pergunta, não? Pois é, se próprio sujeito não fizer referência ao ofício (tipo coronel fulano de tal, professor sei lá o quê, pastor tal), babau.

A matéria “Lambo: ‘Cansei de brincar de governador’”, de Julinha Botelho, é reveladora de como a mídia peca em desprezar esse aspecto. Muito do comportamento de nossas autoridades está ligado diretamente às suas atividades anteriores ao assumirem cargos públicos.

Milhões de leitores, que não têm absolutamente nada pra fazê, perguntaram a esse que vos escreve, por exemplo, qual seria a razão para tamanha desenvoltura do ainda governador de Sampaulo e neo-esquerdista, Cráudio Lambo, diante das câmeras. Sim, o Tatu fotografa muito bem.

Ora, a resposta só poderia vir do tato feminino da Ju (e que tato, rapaziada!). Ela anotou: “Durante a coletiva, a reportagem d’A Primeira Vítima surpreendeu os demais colegas de imprensa ao perguntar a Lambo sobre um fato pouco conhecido de sua biografia: a participação no seriado infantil Muffet Oldies”. Natural, então, que Lambo mande bem diante dos holofotes.

20 junho 2006

Tanto no pessoal como no profissional

Por Olvídio Mor Horelhãns

A premiada seção “Leitores de Primeira” traz na sua segunda edição o melhor do mundo: Engraçadinho Dentuço. O espaço, criado pelo maior jornalista do Brasil, do mundo e de Santo André e região, EU, é a oportunidade de os leitores manifestarem todo o seu amor pel’A Primeira Vítima.

Acompanho de perto a composição da seção. É deveras trabalhosa. Os pedidos de participação são inúmeros; a pressão, imensurável. Daí a necessidade de destacar um jornalista tarimbado, tanto no pessoal como no profissional. Graças ao desprendimento de Horelhãns, o noticioso se aproxima cada vez mais de sua platéia.

19 junho 2006

Um olho no lance diferenciado, novas oportunidades e o marido da atriz

Por Olvídio Mor Horelhãns

A matéria “FUTEBOL: Deletti é mais decisivo que Ronaldim Dentuço, aponta DataVítima”, do corintianíssimo Oscar Alho, com assistência sensacional de outro corintianíssimo, o repórter-matemático Zurick Spantus, marca a pré-temporada da equipe d’A Primeira Vítima para a cobertura da Copa do Mundo.

Trata-se de um olho no lance diferenciado, com auxílio cientifico. Pura sofisticação. Algo longe da trivial paixão verificada na cobertura da concorrência. Tecnologia em prol da desmistificação. Os números, quando bem orientados, não mentem jamais. Os leitores aprovaram.

A reclamação ficou por conta da queda de produtividade da equipe. De fato. Porém há uma justificativa. Os profissionais do noticioso sabem apreciar boas oportunidades. Uma delas absorveu toda a equipe: ser torcedor-figurante em comerciais de TV. Não dá tempo pra fazer mais nada.

Aliás, a concorrência nesse filão também está grande. Exemplo? A presença maciça do marido da atriz global Glória Xíraca, Olhando Morais. Competentemente, ele sempre emplacou suas belas canções em novelas com participação da esposa. Desta vez, não foi possível.

O rapaz, então, competentemente, conseguiu emplacar participação em comerciais, que, coincidentemente, tem a participação da atriz. Isso fez com que os repórteres d’A Primeira lutassem por outras vagas, o que também contribuiu para diminuir o tempo dedicado ao noticioso. É só uma fase, pessoal.

16 junho 2006

Memória, uma das armas do jornalismo II

Por Olvídio Mor Horelhãns

Utilizo o “II” no título para diferenciá-lo de outro em brilhante texto (26/01/2006). E por preguiça mesmo. O tema volta à baila nas linhas de Paco Figueroza em “RECORDAR É VIVER: Alquimin garante segurança a São Paulo”.

O repórter de A Primeira Vítima utiliza o Banco de Dados da concorrência para confeccionar uma bela coletânea de frases do ex-governador e futuro ex-candidato à Presidência Gerardo Aídemim.

O Gerardo é um frasista de primeira (aproveitei o trocadilho para inserir de forma subliminar mais uma propaganda do noticioso). Uma alegria do jornalismo político. Manda umas sensacionais, de toda ordem, para preenchimento de páginas e páginas.

E Paco não deixa esses pilares do pensamento moderno caírem no esquecimento. Ganhamos todos nós, que também caímos... no riso. Lamentavelmente.

15 junho 2006

O que realmente interessa

Por Olvídio Mor Horelhãns

Enquanto coleguinhas sentem-se o máximo ao preverem possíveis alianças partidárias nas eleições, A Primeira Vítima antecipa qual será novo governo paulista e sua singela forma de gestão na matéria “Lambo: ‘Tudo está sob controle - só não é o nosso controle’”, do sazonal repórter John Renner.

Num claro processo investigativo, Renner destrincha uma tendência na política nacional: o profissionalismo na administração pública. É a vez do PuCC (Partido do Primeiro e único Comando da Capital). Com isso, a burocracia sofrerá um duro golpe e a população sairá ganhando.

Não precisaremos mais perder horas numa delegacia para registrar um boletim de ocorrência, sem esperanças de reavermos o bem perdido, por exemplo. Com os novos administradores, bastará um telefonema ao chefe do tráfico local para resolver a pendenga.

Para conter o consumismo desenfreado, que destrói célula mater da pátria – a família –, uma ordem para fechar o comércio será suficiente para a manutenção da moral e dos bons costumes. Os impostos cairão: ficará somente a taxa atual, coisa pouca, destinada aos afazeres do PuCC.

Enfim, a reportagem d’A Primeira mais uma vez vai ao ponto que interessa: antecipar aqui o que será notícia na concorrência. Trata-se de uma das mais belas características do noticioso. Que nos enche de orgulho, mesmo que sazonalmente.

14 junho 2006

A reportagem-homenagem

Por Olvídio Mor Horelhãns

Vanguardista, A Primeira Vítima é pródiga em lançar conceitos no jornalismo. Agora é a reportagem-homenagem em “MÚSICA: A mais tocada nas penitenciárias de SP”. Trata-se de uma síntese baseada numa característica, tendência ou momento protagonizado por uma personalidade.

O pai da criança é o repórter Oscar Alho, mentor de outras ferramentas para o fazer jornalístico de qualidade. Uma delas é a entrevista-pílula, sucesso de público, crítica e, sobretudo, renda. Os leitores e colegas já manifestaram o desejo de serem agraciados com mais criações de Alho. Fica a expectativa.

13 junho 2006

Imprecisão, brechas e agenda cultural

Por Olvídio Mor Horelhãns

A matéria “EXCLUSIVO: “Operação Sugadora” investiga meninas de Geni Maria Córner”, de Oscar Alho, apresenta vários problemas no fazer jornalístico.

O primeiro deles é a imprecisão. O repórter de A Primeira Vítima anotou que a mui conceituosa Geni Maria Córner é empresária. Errado. Trata-se de uma das mais bem-sucedidas profissionais liberais de Brasília, com prazerosos serviços prestados a integrantes de instituições nacionais.

Com a mancada, Alho deu brecha. O senhor Paolo Scafi, alinhado anatomicamente com um partido político nacional, não perdeu a oportunidade de defender a classe: “Tava demorando para o governo Lulla começar a perseguir os empresários e empresárias deste país!”.

Outro problema já foi abordado em texto anterior: a proximidade com as fontes. Oscar Alho tem predileção por policiais. Trafega com desenvoltura em diversas corporações. Com isso, faz várias fontes com extrema facilidade. Porém isso não deve impedir o olhar crítico sobre alguns aspectos.

Um deles é a falta de recursos humanos na Polícia Faz-Geral. Ora, como que uma das mais conceituadas instituições recorre à mão-de-obra internacional para solucionar casos nacionais, sendo que há excelentes profissionais nacionais do ramo? Isso passou batido na matéria.

O aspecto positivo das linhas de Alho foi destacado por um de nossos fãs. O leitor Edu Comunicação disse: “Ao informar a data de estréia [dos DVDs com material das investigações], a matéria encaixa-se perfeitamente no enquadramento do Jornalismo Cultural”. Sem, dúvida. O lançamento promete agitar a agenda cultural do país.

12 junho 2006

A notícia boa indo e vindo

Por Olvídio Mor Horelhãns, fotos e texto


A jornalista Julinha Botelho indo gostosamente se manisfestar...

... e a sorridente Ju vindo deliciosamente do protesto

A matéria “Jornalista d’A Primeira mostra todo o seu engajamento escultural”, de Olvídio Mor Horelhãns, permite aos que têm tesão pelo jornalismo apreciar uma notícia boa indo.

Porém, em se tratando de uma notícia gostosa, o repórter deveria registrar a ida e vinda dela. Chamei-lhe a atenção para isso. E sua resposta me convenceu que ele não errou.

Horelhãns alegou estar intimamente envolvido em cobrir a Ju na Europa. Com isso, teve a delicadeza de publicar somente a notícia indo, em homenagem à preferência nacional.

Porém, como o noticioso é líder do jornalismo sério, de bem com a vida, honesto, ético e no mundo inteiro, o repórter reconsiderou e enviou à coluna todo o material.

Os prezados leitores, ouvintes e telespectadores de A Primeira Vítima têm agora a deliciosa notícia boa indo e vindo, como prescreve o bom jornalismo.

09 junho 2006

Um ombro amigo

Por Olvídio Mor Horelhãns

Críticos ferrenhos da mídia advogam que ela só pensa em desgraça. Que jornalistas adoram quando o “circo pega fogo” ou é invadido mesmo. Não é bem assim (putz, forcei).

Há profissionais imbuídos do espírito solidário (agora, espanei). Sabem que com algumas linhas, uma sonorinha ou uma tomada com câmera é possível implodir a vida de uma pessoa.

Por isso, é louvável a matéria “MÚSICA: Funk em alta” do tigrão Oscar Alho. O repórter de A Primeira Vítima abre espaço para um novo talento: Zilvinho “Quebra-Apartamento” Ferreira.

A aposta de Alho desmente os falastrões que a mídia não tem coração. Tem sim. E, além disso, é capaz de oferecer um ombro amigo em notinhas despretensiosas.

08 junho 2006

A cobertura esportiva também é cultura

Por Olvídio Mor Horelhãns

O jornalismo esportivo raramente recorre a clichês, frases-feitas, lugares-comuns e trocadilhos infames para trazer ao seu público as notícias mais importantes do dia.

Em A Primeira Vítima, esse mandamento é seguido à risca pelo excelente time de jornalistas do noticioso. Os craques escrevem de primeira e cada texto é um golaço.

Um exemplo é o do meu amigo Oscar Alho. Preocupado em dar alegrias à torcida (sim, a você mesmo, caro leitor), o repórter arrebentou em “LANÇAMENTO: Videoteca do Curinta”.

Com estilo elegante, frases rápidas e variedade de jogadas, Alho narrou no melhor esquema 4-4-2 (sempre me pergunto: e o goleiro, não entra na conta?) os títulos em nível de seleção para os cinéfilos mais fanáticos.

Com isso, o repórter deu um nó tático na concorrência, demonstrando que a cobertura esportiva também é cultura. Isso que eu chamo de conquistar os três pontos positivos.

05 junho 2006

Os aspectos fálicos de uma notícia

Por Olvídio Mor Horelhãns

O jornalista deve sempre prestar atenção aos detalhes de uma notícia. São eles que dão o chamado “molho” – um diferencial no texto, som ou imagem.

O atento repórter de A Primeira Vítima Oscar Alho exercitou bem o seu olhar clínico. A matéria “BRASIL-BOLÍVIA: Uma imagem vale mais que mil palavras!” se destaca pelo detalhe.

Alho concentrou toda a sua energia num aspecto da notícia. No caso, um aspecto fálico. É que ele é amarradão em ver companheiros em momentos de intimidade.

Daí que extrair notícia disso é mera conseqüência da inquietude desse que é um dos melhores repórteres do noticioso. Nunca vi coisa igual. Parece que tem fogo no rabo.

02 junho 2006

Jornalista é jornalista quando...

Por Olvídio Mor Horelhãns

Você, caro leitor, percebe quando um jornalista é jornalista quando ele tem uma inesgotável capacidade de desenvolver análises, proferir diagnósticos, prever tendências. Em outras palavras: dar pitacos.

O sujeito tem saída pra tudo. Juros altos, inflação, déficit público, rombo na Previdência, corrupção ativa, passiva, mista, de cima pra baixo e de baixo pra cima, troca de treinador, de ministro, de presidente, de carro e por aí vai.

Quando um grupo desses sujeitos se reúne, a coisa tende ao insuportável. Foi essa a situação que Zurick Spantus encontrou durante cobertura em Brasília.

Mas ele não se deixou abater e produziu belíssima matéria, “Lulla, ministros e presidente da Petrobrais resolvem fazer greve de fome contra medida boliviana”.

O repórter de A Primeira Vítima concatenou bem dois aspectos políticos: um interno (a moda lançada por Menininho) e outro externo (a aporrinhação de Evo Cocales).

Com isso, desvendou a falta de criatividade de Lulla no momento em que este utiliza uma técnica da oposição para tentar solucionar um problema externo. O resto é pitaco.