29 maio 2006

Jornalista não gosta de suíte

Por Olvídio Mor Horelhãns

A frase do título acima é muito corriqueira em qualquer Redação. Não se trata de uma referência a aspectos arquitetônicos e, sim, a um jargão do meio jornalístico.

Suíte, segundo o Houayss, é o “desdobramento de matéria já publicada em edição anterior pelo veículo ou por outro órgão da imprensa”.

Significa dizer que o jornalista, de modo geral, quer o novo. Nada de mal nisso. A ressalva é que às vezes é melhor fazer o “velho” bem explicado do que o “novo” nas coxas.

A falta de organização, o desinteresse, a vontade de “mostrar serviço” para o chefinho estão entre os fatores que despertam ojeriza à suíte. E o leitor? Que se exploda!

Porém, em A Primeira Vítima, não é assim. Um exemplo recente foi o trabalho de Olvídio Mor Horelhãns, iniciado com a matéria “Menininho lança campanha ‘Tô com Fome’”.

As outras duas, “‘Tô com fome” já é sucesso nacional, diz Menininho” e “Tribunal julga abusiva greve de Menininho”, são belos exemplos de suítes.

Horelhãns tratou o tema do começo ao fim. Isso é reflexo de alguém que acredita em um trabalho bem feito apostando na suíte.

E o Menininho cumpriu a palavra. Galera, a festa de inauguração da minha mais nova suíte de frente para o mar é amanhã, na avenida Atlântica, altura do 1.700, em Copacabana.

25 maio 2006

Em nome da sinceridade

Por Olvídio Mor Horelhãns

O texto “Nova pesquisa DataVítima: cidadão de Cabo Frio está no segundo turno”, do repórter de A Primeira Vítima Paco Figueroza, chacoalhou o meio político. Muitas figuras públicas não entenderam como essa figura de Cabo Frio disparou na liderança na corrida presidencial. Tolinhos.

A explicação é simples: um instituto de alta credibilidade... tá bom, vai, de altíssima credibilidade e um time de repórteres capacitados para decodificar pilhas de dados em minutos.

Eu ia continuar o texto, mas como estou morrendo de sono e sem a menor inspiração, é melhor parar por aqui, em nome da sinceridade. Falô.

23 maio 2006

Novo conceito no jornalismo

Por Olvídio Mor Horelhãns

Ao dar espaço a uma data ímpar do calendário nacional, o repórter de A Primeira Vítima Oscar Alho inova nos conceitos do jornalismo. Eis a matéria-convite com o texto “É dia de festa!”.

Trata-se de um registro do primeiro aninho do filho do casal dez do Brasil: o papai Zozé Disseu e mãe Michael Jefferson. Sim, desesperados, descarados, desestruturados, desequilibrados...

O novo conceito criado por Alho ainda requer aperfeiçoamentos. Senti falta, por exemplo, da menção aos padrinhos, figuras importantíssimas numa união tão bem sucedida.

22 maio 2006

A colaboração e um ditado popular

Por Olvídio Mor Horelhãns

Cada jornalista adota um método particular de trabalho ao longo da carreira. O repórter de A Primeira Vítima Oscar Alho não foge à regra. Um traço particular desse profissional é se valer de algo que veio para ficar: a colaboração.

Alho recorre ao expediente para nos revelar mais uma das habilidades de nossos políticos na matéria “Oposição quer convocar Dallai Lamma para depor em CPI”.

O texto traz a participação de Martelo Metto, oitavo colaborador do repórter. Antes, vieram Alexandri Broca, Roperto Leial, Gaybriel Chabita (duas vezes!), Leto Jamaika, ministro Palófi, Dona Hut Tardoso (único representante feminino) e Jabá News (deste, não consegui identificar o gênero).

Aliás, o caro leitor reparou a forte incidência masculina na lista? É só um detalhe. Nada mais. Um dito popular pode perfeitamente explicar e sintetizar o modus operandi de Oscar Alho: “é dando que se recebe”.

17 maio 2006

Por trás de uma pequena obra, um grande projeto

Por Olvídio Mor Horelhãns

A reportagem “Lulla lança livro em contraposição a FHC”, do brilhante Olvídio Mor Horelhãns, demonstra a força de outra seção de sucesso de A Primeira Vítima: “Dicas de Primeira”. O espaço estreou com o título “Um Accidental President du Brasil - A Memoir”, de Ferrando Henriquieto Caroço, um livro-reportagem no melhor estilo a verdade nua e crua.

A repercussão foi imediata (não poderia ser diferente). O meio acadêmico amou, especialistas adoraram, a intelectualidade vibrou e puxa-sacos de toda ordem correram às livrarias, que registraram recordes de vendas após a publicação em A Primeira.

O presidente Lulla, prevendo o alcance da matéria no noticioso, rapidamente decidiu contribuir para com a literatura nacional. Transmitiu com exclusividade a este humilde repórter a produção de sua mais brilhante obra: “Lulla lá e os 40 amigões”.

O companheiro faz um recorte da realidade compreendida desde as primeiras tratativas para a campanha eleitoral de 2002 até os mais recentes acordos para o pleito que se avizinha. Sem dúvida, trata-se de uma pequena obra sobre um grande projeto.

O jornalismo sério, envolvente, com um futebol moleque (já estou no clima da Copa) tem dever de abrir espaço para iniciativas de interesse nacional. As duas obras contêm esse teor. Bibliotecários do Brasil, do mundo e de Santo André e região ligaram para a Redação solicitando detalhes de como adquirir os livros. Disseram que nunca o gênero auto-ajuda esteve tão em alta. Os autores que o digam.

15 maio 2006

Blog: espaço nobre do jornalismo

Por Olvídio Mor Horelhãns

Na consagrada “Série Profissões”, Paco Figueroza traça um roteiro completo de uma das mais belas ocupações que se afloram: o blogueiro. No meu entender (é apenas força de expressão), o repórter de A Primeira Vítima trata dos futuros operadores do espaço nobre do jornalismo.

Figueroza fornece dicas preciosas. Gostei mais da parte sobre “degustação de quitutes em coletivas de imprensa”. Os colegas assessores acertam cada vez o cardápio. A estratégia é bárbara: ou o sujeito esquece completamente a que veio ou adentra de boca cheia na hora da entrevista e, por uma questão de etiqueta, não faz pergunta alguma.

Outro importante procedimento de Figueroza foi ouvir especialistas de peso para conferir maior credibilidade à pauta. A propósito, Paco, o Torguato nunca mais me convidou para um almoço alegando um regimezinho, confere?

11 maio 2006

O valor da profissão

Por Olvídio Mor Horelhãns

Um dos segredos d’A Primeira Vítima para ser o maior, mais influente e importante noticioso (preciso dizer de onde?) de todos os tempos é justamente o cuidado para com os seus leitores, ouvintes e telespectadores, nossa razão de viver (puxa, essa foi foda).

São dois os focos de atuação: a massa, que garante a audiência ou vendagens, e a elite de todas as esferas, que traz prestígio. Nesse sentido, o noticioso acertou novamente ao inaugurar mais uma seção de sucesso: “Leitores de Primeira”, ótima iniciativa do ótimo jornalista Olvídio Mor Horelhans.

O espaço permite aos admiradores do veículo expressarem seu amor pelo noticioso. E na estréia, um Rei: Carrlos Robherto. O momento, o mais oportuno: semana de novas primaveras do cantor. Essa combinação demonstra a força e o refinado senso de oportunidade da iniciativa. O jornalismo também é isso. Entendeu? Nem eu.

O que posso dizer desse maravilhoso ofício é que sem ele eu jamais poderia ter conhecido lugares deslumbrantes, freqüentar locais seletíssimos, conviver com pessoas que jamais olhariam na minha cara se eu não fosse jornalista, sobretudo de A Primeira Vítima. Eu me sinto tão importante!!!! Eis o valor da profissão.

05 maio 2006

Censura, não; ciúmes, sim

Por Olvídio Mor Horelhãns

Milhões de leitores demonstraram intensa preocupação com uma possível censura em A Primeira Vítima. A celeuma começou com a poética matéria de Paco Figueroza “Ytamar 2006: recordar é viver”, cujo texto é chupinhado do que há de melhor na MPB (Música de Prostíbulos do Brasil).

O problema está na foto que acompanha a reportagem. Trata-se de um flagrante sensacional das relações institucionais no país. Houve uma alteração na imagem: uma bolinha verde foi posta naquilo que, à época, já estava caindo de maduro.

A vedação, porém, não foi um ato de censura. Mas um rompante de ciúmes da jornalista Julinha Botelho. Ela não suportou a idéia de me ver observando os detalhes da matéria de Paco. A Ju custa a entender que meu coração - e tudo aquilo que ele irriga intensamente - é dela.

04 maio 2006

Olho vivo no dinheiro (vivo ou não)

Por Olvídio Mor Horelhãns


O escândalo do mensalão despertou o interesse do leitor, ouvinte e telespectador de A Primeira Vítima para os financiamentos de campanha. Cada sujeito descoberto com algum na conta bancária, debaixo do colchão (sim, a tradição se mantém) ou na cueca (sim, a tradição se sofisticou), logo alegava dinheiro para a empreitada.

A desculpa não colou. O procurador denunciou. E mó galera dançô. Porém há sempre aqueles que insistem em manter as tradições. Os jornalistas devem estar atentos. Oscar Alho demonstrou olho vivo na matéria “ELEIÇÕES 2006: Rebaixamento das Lusas deve impulsionar campanha de Eimael”.

Alho detalha os mais novos procedimentos para velhas práticas políticas, descrevendo métodos, citando nomes e revelando poderosas entidades envolvidas com o “fiel da balança”, Eimael. Aliás, alguém aí sabe dizer do que vive esse senhor? Será que ele faz fotossíntese?? Qual é o tamanho do colchão dele??? (Dispenso perguntas sobre peças íntimas.) É necessário dar seguimento ao trabalho investigativo para responder essas e outras questões.

02 maio 2006

Similaridades entre alta-costura e política nacional

Por Olvídio Mor Horelhãns

Os políticos brasileiros realizam um trabalho digno dos maiores ateliês do mundo. Eles vivem costurando alianças, cortando valores éticos, alfinetando desafetos, rasgando o verbo, distribuindo camisetas, remendando orçamentos públicos, vestindo novas roupagens ideológicas, tingindo despesas eleitorais, desfilando cinismos e por aí vai.

Com isso, os profissionais envoltos à cobertura política precisam cada vez mais estar atentos aos mais recentes lançamentos bancários outono/inverno ou primavera/verão, dado que o fluxo é constante o ano todo; às Trambiks Fashion Weeks com empresários dos maiores centros de decisão do país; e às manequins e modelos de corrupção nacional (diria, até, tipo exportação).

A Primeira Vítima acertou no modelito ao incentivar seus jornalistas a fazerem cursos intensivos com Clodobil e Runaldo Ester, prestigiados estilistas nacionais. Alguns dos colegas pegaram gosto pela coisa (entenda como quiser, caro leitor). O exemplo mais recente é Paco Figueroza com sua fashion matéria “Alquimin alfineta Lulla: por que não mandaram o Zegallo pro espaço?”.

O repórter narra um babado forte entre o presidente e pré-candidato Aídemim, cuja esposa adora uma roupinha bem descolada. “O trabalho de Figueroza é de arrasar Paris em chamas”, disse Clodobil ao visitar a redação, procurando por Paco. Já Ester, que acompanha Clô, acrescentou que o jornalista “sabe pegar numa agulha como ninguém”. Não entedi.

01 maio 2006

O poder de síntese como poder de comunicação

Por Olvídio Mor Horelhãns

A edição de “Frase d’A Primeira: Mucha porrada” do último dia 7 é uma show de comunicação. Creio que deva despertar os sérios debates entre integrados, apocalípticos, sem-o-que-fazer e não-tendo-o-que-fazer.

O registro do repórter de A Primeira Vítima Oscar Alho sintetiza com rara clareza e perfeição uma informação, contextualizando o objetivo e público-alvo. Excelente!