Similaridades entre alta-costura e política nacional
Por Olvídio Mor Horelhãns
Os políticos brasileiros realizam um trabalho digno dos maiores ateliês do mundo. Eles vivem costurando alianças, cortando valores éticos, alfinetando desafetos, rasgando o verbo, distribuindo camisetas, remendando orçamentos públicos, vestindo novas roupagens ideológicas, tingindo despesas eleitorais, desfilando cinismos e por aí vai.
Com isso, os profissionais envoltos à cobertura política precisam cada vez mais estar atentos aos mais recentes lançamentos bancários outono/inverno ou primavera/verão, dado que o fluxo é constante o ano todo; às Trambiks Fashion Weeks com empresários dos maiores centros de decisão do país; e às manequins e modelos de corrupção nacional (diria, até, tipo exportação).
A Primeira Vítima acertou no modelito ao incentivar seus jornalistas a fazerem cursos intensivos com Clodobil e Runaldo Ester, prestigiados estilistas nacionais. Alguns dos colegas pegaram gosto pela coisa (entenda como quiser, caro leitor). O exemplo mais recente é Paco Figueroza com sua fashion matéria “Alquimin alfineta Lulla: por que não mandaram o Zegallo pro espaço?”.
O repórter narra um babado forte entre o presidente e pré-candidato Aídemim, cuja esposa adora uma roupinha bem descolada. “O trabalho de Figueroza é de arrasar Paris em chamas”, disse Clodobil ao visitar a redação, procurando por Paco. Já Ester, que acompanha Clô, acrescentou que o jornalista “sabe pegar numa agulha como ninguém”. Não entedi.
2 Comentários:
Continua a campanha caluniadora.
Continua a campanha caluniadora.
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