09 novembro 2006

Ações afirmativas

Por Olvídio Mor Horelhãns

Confirmadas pelo DataVítima, pesquisas acadêmicas revelam que todo jornalista que se preze sonha em trabalhar um dia que seja em A Primeira Vítima. Trata-se de um privilégio para poucos. O noticioso exige muito mais do que um rostinho bonito.

Para os mais céticos, sugiro uma rápida visita à sede da Central A Primeira Vítima de Jornalismo. As cenas são fortes. Diariamente, grupos e grupos de profissionais estapeando-se para colher um singelo autógrafo de seus ídolos.

Porém de vez em quando a gente dá um boi e permite que um mané eternize suas linhas em nossas páginas. Experimentou essa felicidade rara o colega Cláudio Machola com o texto “Ataque cirúrgico atinge sede do MPp em SP”.

A escolha por Machola deu-se dentro de uma nova política de vanguarda do noticioso. A idéia é aproximar a periferia dos jardins, exterminando qualquer forma de preconceito. Outra: o DataVítima aponta que pega bem ser visto perto dos menos favorecidos, mesmo que só um pouquinho.

Está de parabéns a direção de jornalismo em abrir espaço àqueles que estão sempre do outro lado do balcão. A felicidade foi geral. De minha parte, nem notei quem foi o desgraçado que levou o meu carrão importadão na noite em que Machola esteve entre nós.

1 Comentários:

At 4:40 PM, Anonymous Anônimo said...

Caro Horelhãns,
Seu Lada Niva foi visto ontem à noite, nas imediações do Capão Redondo, sendo conduzido por um indivíduo pardo, carapinha encaracolada, aparentando entre 18 e 65 anos e eleitor de Lulla. O veículo aparentemente foi socializado e transformado em lotação, devido à quantidade de pessoas que carregava. Sem mais, agradeço a citação.

 

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