16 novembro 2005

Ditando o ritmo da cobertura das Eleições 2006

Por Olvídio Mor Horelhãns

O premiado fotojornalismo d’A Primeira Vítima já começa a ditar o ritmo para a cobertura das Eleições 2006. Nas mais recentes imagens produzidas por Oscar Alho, “ELEIÇÕES 2006: Setores da sociedade começam a escolher seus candidatos”, temos o momento exato em que Gerardo Alquimin assobiava para os fotógrafos para pegarem seu lado mais fotogênico.

Outro momento singular é a alegria de Saulo Paluf ao receber os aplausos de seus mais novos seguidores, que ainda não ganharam as ruas por causa de uns probleminhas na esfera jurídica. Nada que uma fuga em massa na resolva. Com profissionais como Alho, o leitor não perder nenhum detalhe.

15 novembro 2005

Como matar de inveja assessores de imprensa e a concorrência

Por Olvídio Mor Horelhãns

Em impecável texto anterior, tive a oportunidade de explicar ao leitor a razão do baixíssimo número de entrevistas publicadas em A Primeira Vítima. Em síntese, os critérios adotados pela direção de jornalismo são muito rígidos. O objetivo é garantir o alto padrão de qualidade, modelo copiado na cara dura pela concorrência.

Mais outro belíssimo exemplo figura nas páginas do noticioso. Trata-se do trabalho do competente repórter Zurick Spantus em “
Entrevista exclusiva com aquele que está pronto para ser presidente”, ou seja, o competente governador Gerardo Alquimin, exemplo de entrevistado competente em responder questões competentes.

A entrevista conduzida por Spantus é de matar de inveja as melhores e mais competentes assessorias de imprensa do Brasil, do mundo e de Santo André e região e, por tabela, toda a concorrência. O entrosamento é total. Há momentos de pura descontração, de revelações íntimas dignas de uma “Taras”, de competência e de muito trabalho.

A publicação não serve apenas para nossos leitores admirarem e concordarem com o supergovernador Alquimin. Vai além. Revela com muita competência um homem público humano, sensível, verdadeiro, competente e comprometido com o trabalho. Sim, alguém que já está pronto para ser presidente.

Alquimin é a prova viva que há uma luz no fim do túnel, obra esta ligando o Brasil ao progresso, executada dentro do prazo e com uma economia para os cofres públicos da ordem de zilhões de reais. Claro, sem a ajuda do governo federal. O senhor Gerardo só não é mais perfeito porque é um só.

13 novembro 2005

A solidão no jornalismo

Por Olvídio Mor Horelhãns

Poetas já a exaltaram. Escritores narram os mais sublimes momentos em função dela. Músicos encontraram nela inspiração. Pintores dão novas formas à velha conhecida. E Olvídio Mor Horelhãns sabe que ela é sua fiel companheira: a solidão. (Fala a verdade: apavorei nesse começo. É no mínimo um Nobel de literatura).

À frente de uma das mais dramáticas sagas do jornalismo no Brasil, no mundo e em Santo André e região, o solitário Horelhãns traz novas revelações sobre a participação de jornalistas de A Primeira Vítima em consultorias para envolvidos em esquemas de corrupção. A matéria “
Deputado fujão contratou serviços profissionais de repórter de A Primeira Vítima” é nota dez em apuração, texto, edição, evolução, adereço, alegoria, mestre-sala e porta-bandeira.

Em conseqüência de suas denúncias, em um único dia Olvídio escapou de oito atentados (não utilizo o sete porque, segundo a crença popular, trata-se de um número recorrente em narrativas de mentirosos). O esquema de segurança foi reforçado. Antes das matérias, o repórter era acompanhado por apenas dois agentes: um para ele mesmo, outro para o ego dele. Agora são quatorze guarda-costas.

O ombudsman procurou a direção de jornalismo para cobrar explicações sobre o que acontecerá com os jornalistas já denunciados: Julinha Botelho, a Ju, e Oscar Alho, mandante de pelo menos seis atentados. Até o final desta edição não obteve resposta. “Isso é uma vergonha”, ouviu Horelhãns de um outro jornalista, âncora de telejornalismo, que pediu para não ser identificado temendo represálias.

10 novembro 2005

Nem só de seriedade vive o jornalismo

Por Olvídio Mor Horelhãns

A sisudez de muitos contamina o jornalismo. Os apreciadores de um bom texto combatem tal tendência, sobretudo na cobertura política e econômica. É perfeitamente possível abordar assuntos sérios com narrativas leves. Julinha Botelho chega a um belo resultado na matéria “Bem-humorado, Pecúnio conta piadas na festança dos 50 anos”. O texto é uma fofura.

Nas linhas da Ju, Pecúnio aparece vivo, humano, de bem com a vida. Com forte valor jornalístico, as piadas do ex-tesoureiro do rePartindo com os Trutas (PTts) demonstram sua sensibilidade para com o momento político nacional. Ele abandonou definitivamente a carreira de pensador de desculpas magníficas, cuja máxima é “dinheiro não contabilizado”, para se dedicar ao humor. Fontes da TV Bobo garantem que as negociações com a “Turma do Bibi” estão avançadas.

Destaco também a conduta a repórter de A Primeira Vítima. Observar as recomendações do Manual de Redação, Deveres e Procedimentos d´A Primeira é essencial para quem quer ter sucesso nesse noticioso. A Ju mostrou compromisso ético singular ao manter as curvas que fazem a alegria da redação.

07 novembro 2005

A função social do jornalismo declaratório

Por Olvídio Mor Horelhãns

Caro leitor, imagine aquele sujeito que passou pelos melhores colégios, graduou-se (às vezes mais de uma vez) nas universidades de ponta do Brasil e do exterior. Fez pós. Leu os clássicos. Assistiu aos clássicos. Ouviu os clássicos. Comeu os clássicos para depois arrotar e peidar os clássicos. Tudo com a maior classe.

E ainda, numa tacada só é capaz de dizer qual a ordem dos quadros nos maiores e mais importantes museus do mundo. Qual o talher certo para o rango certo, ou melhor, para a refeição adequada. Conhece vinhos como nós conhecemos os nomes das ruas. Veste-se impecavelmente. Discute com desenvoltura de física quântica a voto distrital misto. Sabe o momento exato para aplaudir o que quer que seja.

Pois bem. Agora imagine a força que esse sujeito faz para reprimir aquela vontade louca que sente em ler uma “Taras” (revista fútil especializada em futilidades) ou uma “Confico” (dedicada às novelas que muitos deles acompanham, mas sem dar güela) ou mesmo em participar de um debate num programa tipo Super Popi. Difícil, não? Para ajudá-los é que existe o jornalismo declaratório, cujos críticos descem a lenha. Eles não conseguem perceber a função social de tal modalidade jornalística. Lamentável.

Os profissionais de A Primeira Vítima sabem de suas responsabilidades. Com grande capacidade de percepção selecionam com exatidão as falas que suprem as mais densas curiosidades. Com isso, nosso público fica sempre bem informado das mais refinadas fofocas. Foi o que fez Julinha Botelho em “
Urucubaca ameaça desenvolvimento sustentável, diz Dudda”. A matéria é um bom exemplo de ti-ti-ti de altíssimo nível.

06 novembro 2005

Entrevistas, critérios e comprimido efervecente

Por Olvídio Mor Horelhãns

Por dia chegam à redação d'A Primeira Vítima 922,6 pedidos de entrevista. E esse número vem crescendo. Trata-se de solicitações das mais importantes personalidades do meio político, artístico, acadêmico, esportivo – e por aí vai – do Brasil, do mundo e de Santo André e região. Desnecessário dizer que tanto assédio é uma conseqüência natural da importância do noticioso.

Os critérios utilizados pela direção de jornalismo para escolher quem terá suas quinze linhas de fama (que belíssima adaptação do clichê) são extremamente rígidos (mas nada que um depósito de confiança não possa resolver). Daí o reduzido número de entrevistas publicadas. Abra-se espaço apenas para a nata da nata da nata da nata (minha singela homenagem ao control C, control V).

E mais um belo trabalho ganhou lugar em A Primeira: “
Economia detona Mercado em entrevista mais do que exclusiva”, do também econômico repórter Rick Lago. Pra arrancar um cafezinho desse rapaz é uma verdadeira epopéia. Ele consegue mergulhar numa piscina levando na mão um comprimido efervecente e entregá-lo intacto do outro lado. Por isso, entendo que a direção de jornalismo também acertou ao escalar Lago para a empreitada.