Imprecisão, brechas e agenda cultural
Por Olvídio Mor Horelhãns
A matéria “EXCLUSIVO: “Operação Sugadora” investiga meninas de Geni Maria Córner”, de Oscar Alho, apresenta vários problemas no fazer jornalístico.
O primeiro deles é a imprecisão. O repórter de A Primeira Vítima anotou que a mui conceituosa Geni Maria Córner é empresária. Errado. Trata-se de uma das mais bem-sucedidas profissionais liberais de Brasília, com prazerosos serviços prestados a integrantes de instituições nacionais.
Com a mancada, Alho deu brecha. O senhor Paolo Scafi, alinhado anatomicamente com um partido político nacional, não perdeu a oportunidade de defender a classe: “Tava demorando para o governo Lulla começar a perseguir os empresários e empresárias deste país!”.
Outro problema já foi abordado em texto anterior: a proximidade com as fontes. Oscar Alho tem predileção por policiais. Trafega com desenvoltura em diversas corporações. Com isso, faz várias fontes com extrema facilidade. Porém isso não deve impedir o olhar crítico sobre alguns aspectos.
Um deles é a falta de recursos humanos na Polícia Faz-Geral. Ora, como que uma das mais conceituadas instituições recorre à mão-de-obra internacional para solucionar casos nacionais, sendo que há excelentes profissionais nacionais do ramo? Isso passou batido na matéria.
O aspecto positivo das linhas de Alho foi destacado por um de nossos fãs. O leitor Edu Comunicação disse: “Ao informar a data de estréia [dos DVDs com material das investigações], a matéria encaixa-se perfeitamente no enquadramento do Jornalismo Cultural”. Sem, dúvida. O lançamento promete agitar a agenda cultural do país.
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