Linha editorial, interesse público e suco de mangaba
Por Olvídio Mor Horelhãns
Uma pesquisa realizada recentemente com empresários, políticos e jornalistas de 50 países revelou que o “New Nhoque Times” deixou de ser o jornal de maior prestígio no mundo. Caiu para sétimo lugar. O que ficou meio escondidinho foi o nome do noticioso que ocupa o primeiro posto. Não pretendo ofender a inteligência do prezado leitor revelando tal informação. Seria falta de humildade.
O que posso afirmar é que aumentou ainda mais a nossa responsabilidade. A Central A Primeira Vítima de Jornalismo sabe do poder de fogo de sua linha editorial. E nem por isso abusa desse status. Basta que nossos chantageados paguem as mensalidades rigorosamente em dia e tudo será lindo.
O interesse público é outro norte d’A Primeira. Trata-se de uma conjugação semântica. De nossa parte, temos, sim, interesse em engordar a conta bancária. Por sua vez, nosso público busca a melhor informação. O casamento é perfeito: a gente escreve o que eles querem e recebemos por isso. Daí a importância de orientá-los.
A matéria “7 razões para votar NÃO à campanha antidrogas” é um primor em informação. A jornalista Julinha Botelho, de penteado novo, liquidou a questão com maestria. Um bom trabalho deve responder com exatidão, rigor, isenção e demais balelas existentes às dúvidas do leitor.
A Primeira Vítima acertou em dar capa para tema tão importante. Alimentou todas as convicções de nosso público. O texto é saboroso. Ao lê-lo, senti-me como se estive degustando um suco de mangaba. Parabéns, Ju, pelo novo visual e pela matéria.