Situações de risco para um jornalismo de qualidade
Por Olvídio Mor Horelhãns
O profissional d’A Primeira Vítima sabe que na busca da notícia, às vezes, terá de adentrar no submundo do crime, das drogas, da prostituição, das negociatas ou do jornalismo mesmo. Mas nada é fronteira para a imaginação, ou melhor, apuração de nossos repórteres. Um banho de coragem deu Zurick Spantus com seu trabalho em “O Mercado abre o jogo em entrevista exclusiva”, do último dia 27.
Primeiro, nosso herói teve de ir a um “lugar secreto que ninguém sabe onde fica”. Imagina se acontece alguma coisa com ele??? O que falaríamos para seus 22 filhos de um único casório??? E pior, a apólice de seguro de vida do colega estava vencida, detalhe que a direção da Central A Primeira Vítima de Jornalismo negou enfaticamente, como recomenda a moda vigente.
Segundo, como prever as imprevisíveis reações do entrevistado??? Como tratá-lo para que não desandasse a maionese??? E se o Mercado, ser bastante sensível, como fica claro na entrevista, ficasse irritadinho com alguma pergunta inocente??? A economia nacional iria pro vinagre; e os argumentos do presidente Lulla, pra casa do chapéu (local onde rolou o encontro. Ih, Zurick Spantus, escapou. Foi sem querer). As conseqüências seriam imediatas para o país: o fim do futebol, do carnaval, da novela das oito e dos campeonatos de fubecas em Santo André e região. A nação não suportaria.
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