Um acumulado de experiências
Por Olvídio Mor Horelhãns
O jornalismo hodierno dispensa a experiência acumulada residente naquilo que se convencionou chamar de “velha-guarda”. O profissional passa dos 25 anos de idade e é considerado um dinossauro pelos demais colegas. Em A Primeira Vítima isso não acontece. A média etária de nosso time é de 326 anos (considerando no cálculo esse que vos escreve; sem isso a média fica em 12 anos). Eis uma das razões de nosso sucesso: respeitamos as lições aprendidas ao longo da carreira de cada companheiro de redação. E quando são compartilhadas, melhor ainda.
Paco Figueroza se despe de toda a vaidade para nos antecipar as principais manchetes da concorrência. Mais uma vez, um belo trabalho no seu texto do dia 13 último “Exclusivo: o que eles querem dar”. No entanto, nossos leitores, ouvintes e telespectadores ficaram curiosos em saber como tal feito é possível. Simples, Figueroza já figurou (não resisti novamente ao trocadilho) entre os melhores quadros de comunicação no Brasil, no mundo e em Santo André e região.
Como entregador de água, Paco esteve por 15 minutos na redação de O Estádio do São Paulo, tempo mais do que suficiente para captar toda a essência do fazer jornalístico do local. Em Beja, durante a espera de 40 minutos para entregar os lanches solicitados, assimilou como poucos o espírito jornalístico que rege o respeitadíssimo semanário.
Figueroza trabalhou como balconista por dois dias em uma lanchonete próxima ao prédio da Bolha, cuja nata tradicionalmente se reúne para bate-papos de fim de dia. Para entender a lógica jornalística que governa o periódico, ele precisou apenas ficar atento às conversas. Prestou serviços também como garçom numa festa de confraternização entre profissionais de Lanço!. Entre uma biritinha e outra que servia, aprendeu como fazer a diferença no jornalismo esportivo.
Em sua versatilidade profissional, Paco resolveu um problema de goteira na torneira no único sanitário d’O Brasil de Farto. A experiência lhe rendeu profundo conhecimento do operar jornalístico do famigerado jornal. Como ajudante de auxiliar de pintor, contribuiu para dar novas cores à redação do excepcional Jornal da USPi. Em troca, as feras do local lhe transmitiram todos segredos de um trabalho único em Butantã e região.
Figueroza foi segurança noturno no prédio de A Horta do Povo por quatro dias. A jornada possibilitou-lhe ingerir os mais belos conceitos do jornalismo. Porém, nosso herói sonhou alto. De repente, faxineiro do The dependant. Como a imigração não conseguiu estraçalhar com Paco, o expulsou cordialmente do país, mas não impediu o intercâmbio profissional dele.
Por fim, descobriu que o jornalismo sempre esteve em sua vida. Na veia, mesmo. Preencheu uma ficha no Primeira, onde acertou somente o seu nome e sobrenome, razão mais do que suficiente para contratação. Nunca é demais ressaltar: Paco orgulha-nos com o seu trabalho.
1 Comentários:
Fantástico!!!!!!
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