06 agosto 2005

Setorismo no jornalismo

Por Olvídio Mor Horelhãns

A Primeira Vítima mantém uma tradição milenar do jornalismo: o setorista, aquele profissional encarregado de cobrir determinado assunto e/ou instituição. Uma de suas funções é passar o dia inteiro coçando em algum local, descolar uma boa fofoca e trazer a notícia para a redação. E se o dia for “fraco” (expressão do meio para dizer que não aconteceu nada de importância jornalística, como desgraças e afins), o colega inventa algo e já ganhou a jornada.

Todos os repórteres deste noticioso são setoristas. Uns mais outros menos. Depende da pomada que utilizam. Os destaques da edição do dia 4 de agosto ficam por conta de Zurick Spantus, o repórter que perde o lide, mas não a piada, e a minha, a sua, a nossa deliciosa repórter Juliana Botelho. Ambos revelam os bastidores (esse clichês dá sempre um tom dramático) de uma das maiores universidades de Santo André e região: a USPi.

Impressiona como Michael Jefferson distribuiu várias franquias de suas operações. O meio universitário já adquiriu diversas delas. Porém, antes, nossos humildes acadêmicos implementaram grupos de estudos, realizaram seminários, congressos, palestras, debates, estudos de campo e praia, inúmeras votações após muitas questões de desordem e elegeram um grupo deliberativo, com poder de decisão para as questões levantadas e colocadas durante todos esse intenso processo intelectual. Além de produzirem relatórios, monografias, teses e publicações. Enfim, encantaram-se com os métodos de trabalho científico de Jefferson.

O quadro das principais atividades acadêmicas de monta está claro nos respectivos textos dos jornalistas supracitados (escrevi bonito agora, hein?) “Abin vê relação entre atentado escatológico em universidade e crise em Brasília” e “EXCLUSIVO - Escândalo na USP”. O maior mérito dos relatos dos dois repórteres do Primeira é dar aos leitores esperanças em nossa produção acadêmico-científica. O meio está firme e forte na cruzada por soluções às questões mais importantes de nossa nação. Orgulhemo-nos disso.

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