O jornalismo científico
Por Olvídio Mor Horelhãns
Um ramo que merece atenção redobrada de seus profissionais é o jornalismo científico. O sujeito fica anos em um laboratório. Deixa sua própria vida de lado: mulher, filhos, cachorro, gato, galinhas. Dedica-se apenas e inteiramente a um experimento. E o resultado sempre é incerto. Porém, ainda quando se obtém sucesso, toda cautela é pouca para publicar suas conclusões.
Aí vem um mané e pimba: erra um termo, confunde um fundamento, desconsidera algumas complexidades do experimento e veicula uma reportagem que faz desmoronar anos de investimentos públicos e privados. Francamente.
A Central de Jornalismo de A Primeira Vítima possui um destacado corpo de consultores para propiciar aos seus manés, ops, repórteres toda a segurança necessária para não pisarem na bola com o pessoal dos tubos de ensaio. Daí a excelência na matéria “Calvos Valério revela nome científico ao ser preso”, do rigoroso e metódico jornalista Paco Figueroza.
O meio científico está ansioso para começar as análises na espécie que é chegada em pagamentos em espécie. Já o meio político, como era de se esperar, receia que os testes em laboratório possam revelar contas no exterior, retiradas na boca do caixa, desvios de dinheiro público e outras cositas más. Tudo aquilo que já estamos carecas em saber, mas insistimos em fingir que não é conosco.
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