23 setembro 2005

Uma olhadela e a notícia

Por Olvídio Mor Horelhãns

No que uma olhadela de cinco segundos pode resultar? Numa belíssima matéria À Primeira Vítima. Com olhos de... Zurick Spantus mesmo, o repórter detalha como o mandatário (utilizo a expressão por causa da rima) do país mais poderoso do planeta faz uso constate de suas células de inteligência. Desta forma, respiramos todos mais aliviados, seja no Brasil, no mundo ou em Santo André e região.

O texto de Spantus, “
George W. Bucho pretende invadir Golfo do México e Mar do Caribe”, é rico para ilustrar qual deve ser a postura de um profissional do Primeira no fazer jornalístico. De saída, ressalte-se como um rabo de zoio, somado a uma memória fotográfica – característica exigida a todos que pretendam ingressar neste noticioso –, possibilita toda a segurança para o repórter escrever com exatidão informações de cunho ultra-secreto.

Temos também, num esforço descomunal de Spantus, uma tradução das palavras de Bucho, que vai muito além do rico vocabulário deste cidadão. Há claramente uma tentativa do George de querer fazer a cabeça da galera. O lance dele é fulminar tudo aquilo que classifica como terrorista. Acredito que se ele estiver armado, meio desacordado, e vir o reflexo dele no espelho pela manhã é capaz de atirar sem a utilização de suas células de inteligência, que, obviamente, deverão estar puxando uma soneca.

Por fim, percebemos, graças à singeleza da narrativa de Zurick, que estagiários ainda dão as cartas na Casa Branca. Já pudemos acompanhar o que essa classe é capaz de fazer, seja por escrito, seja oralmente. Dada tal influência, seria importante para o leitor que Spantus fizesse menção a outros colaboradores de presidentes norte-americanos, sobretudo àqueles que os inspiraram a dar outra finalidade a charutos. Isso nos ajudaria a entendermos melhor a moral e os bons costumes de nossos amigos e aliados da terra do Tio Sam.

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