Apelação no jornalismo
Por Olvídio Mor Horelhãns
O padrão editorial de A Primeira Vítima é claro e transparente. Não há restrição alguma a qualquer profissional deste veículo em noticiar o que a concorrência produz. O procedimento nada mais é do que uma demonstração de certeza da liderança do Primeira no meio jornalístico. A gente bota mô fé no nosso taco. Podem apelar à vontade.
O olhar atento de R. Porter captou mais uma peripécia da informação, desta feita, longe das fronteiras tupiniquins. Trata-se da Arian Press e a Arian France Press. As duas agências valeram-se de um momento, digamos, de abstração jornalística para tentar ganhar mais inserção no noticiário de Primeiro Mundo, como anotou Porter em “Deu na mídia internacional: negros saqueiam, brancos encontram”, texto do dia 1º de setembro.
A idéia é simples. Deixam-se de lado a apuração, a checagem e o trabalho de campo. Usa-se a imaginação, rico instrumento do fazer jornalístico, para destilar asneiras e mais asneiras em nome da informação precisa, isenta e de qualidade. Com auxílio da preguiça, da burrice e de uma câmera digital, obtêm-se as imagens perfeitas para legitimar um texto. No caso, a Cuscuz Clã, instituição com grandes serviços prestados na ampliação da bestialidade humana, agradece. Felizmente, segmentos da mídia nacional nuuuuuunca utilizaram tal expediente.
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