15 janeiro 2006

Contexto, coesão, coerência e caipirinha à beira da piscina

Por Olvídio Mor Horelhãns

Um texto jornalístico, para ser jornalístico, tem de ser jornalístico. Para isso deve reunir contexto, coesão, coerência e muita apuração. Tantas qualidades assim temos na matéria “Depois da Aftosa e da Maculosa, nova febre ganha adeptos mundo afora”, de Tahc Ponto Ce.

O repórter consegue de uma só vez transmitir com clareza e objetividade informações de extrema relevância para o país, o mundo, o universo e, por que não dizê-lo, para Santo André e região. A contextualização é sublime. Permite ao leitor se interar de fatos simples, cujos atores da ação (adoro essa expressão) têm em si um alto grau de complexidade.

Outro destaque da matéria do jornalista de A Primeira Vítima é a ligação estabelecida entre fenômenos sociais extremamente iguais em países extremamente iguais, cuja semelhança é extremada. O leitor brasileiro percebe que não é somente aqui que o bicho tá pegando. A casa tá caindo também em outros lugares. E, pior, não dá pra sair de carro porque a galera meteu fogo. Da hora.

A leitura desta narrativa de Ponto Ce é extremamente agradável. Sobretudo à beira da piscina depois de ter tomado oito caipirinhas, com adoçante é claro, porque o verão está aí. Recomendo, caro leitor, essa experiência. Perceberá que após a segunda dose, todo texto faz sentido.

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