Contribuições à academia, aos leitores e à uma sociedade melhor
Por Olvídio Mor Horelhãns
A rotina de um profissional de grande mídia é excessivamente desgastante. São várias reportagens (no jargão jornalístico: pautas) em um mesmo dia. Geralmente, quando não está nas ruas, fica ao telefone para checar informações, entrevistar ou pedir pizza para o fechamento.
Esse corre-corre dificulta o acompanhamento de um trabalho outrora realizado. Ao atualizar um assunto, o jornalista conta ao leitor uma história com começo, meio e fim. Porém raros são os repórteres com essa sensibilidade. Nesse sentido, um dos maiores destaques de A Primeira Vítima é Julinha Botelho em “Cidadãos de bem comemoram vitória do ‘não’ no referendo”.
A Ju descreve com charme, elegância, simpatia e classe como pessoas de classe querem democraticamente fulminar indivíduos de outras classes, sobretudo os desclassificados. Trata-se de um belo serviço à sociologia nacional, cujo registro deve figurar entre as mais importantes compilações da academia, ansiosa por organizar grupos de estudos, simpósios, seminários e congressos, em que participantes aplaudem até mesmo os espirros (para ficar somente nesses sons orgânicos) dos convidados.
Acompanhou o trabalho da Ju o ensaio fotográfico produzido, dirigido e assinado por Oscar Alho. O repórter foi muito elogiado pelos nossos leitores, ávidos pelas imagens de seus ídolos. Muitos manifestaram extrema satisfação pela nossa cobertura sobre o referendo. Disseram receber informações precisas para subsidiarem a escolha, qual seja, detonar o seu próximo, ou distante mesmo, dependendo do porte da arma. Parabéns à equipe.
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