O pessoal e o profissional
Por Olvídio Mor Horelhãns
Não há nada de errado em um jornalista abraçar uma causa. Isso pode até ser um precioso estímulo para vencer a rotina de uma redação. Porém, quando a bandeira é de interesse pessoal, não fica bem para o profissional misturar as esferas. Isso prejudica sua credibilidade.
Parece-me que os elogios aqui destinados ao repórter Oscar Alho lhe subiram à cabeça. Na matéria, “BOMBA: Gaetano Dengoso critica Lulla e diz que vai criar o PGuei”, Alho utilizou toda a sua credibilidade para iniciar a fundação de um partido político, fato agravado pela omissão para nossos leitores de sua participação ativa (ou passiva, não importa) na construção da nova legenda.
Um acaso, caro leitor, levou-me a descoberta da participação do ambíguo repórter na iniciativa que até então, como noticiou o jornalista d’A Primeira Vítima, era encabeçada por Gaetano Dengoso. O cantor ligou para a redação do noticioso e pediu para falar com o símbolo de toda uma geração. Naturalmente achei que era comigo. Porém, ao pedir o endereço da confecção oficial da Parada AiAiAi-UiUiUi, notei que o buraco era mais embaixo.
“Oscar Alho, sua tolinha, queremos presentear nossos filiados com uma fantasia parecida com a que você utilizou na última Parada. Temos as fotos da sua performance. Você arrasou São Paulo em ‘chamas’, menina.”, disse Dengoso. Imediatamente falei ao cantor que ele estava conversando com o maior jornalista do Brasil, do mundo e de Santo André e região. Dengoso se desculpou e afirmou que iria ligar para o celular da Valeska Aparecida (nome de guerra do intrépido jornalista).
Daí foi só ligar os pontos: fato nº 1 – Oscar Alho esperneou, chegando a rolar no chão, para cobrir a Parada AiAiAi-UiUiUi na capital paulista, pois estava escalado para outra pauta; fato nº 2 – Alho faz uso de seguranças, justificando que precisa de alguém por detrás dele para se sentir mais seguro; fato nº 3 – uma das expressões prediletas dele é “adoro dar o furo”; fato nº 4 – sempre recebe em seu apartamento primos vindos de todas as partes do Brasil e outros do exterior.
Ao ser notificada, a direção de jornalismo d’A Primeira Vítima decidiu manter Oscar Alho na equipe. Houve apenas uma advertência, conhecida popularmente como “comida de rabo”, a qual o repórter tirou de letra. O episódio serve de alerta para que os demais colegas não misturem o pessoal com o profissional. E quando o fizer, por favor, escolham um nome de guerra mais original.
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