Instigando a criatividade do meio artístico-cultural
Por Olvídio Mor Horelhãns
Extramente feliz a iniciativa do letrado repórter de A Primeira Vítima Olvídio Mor Horelhãns de criar a seção “DICAS DE PRIMEIRA: LIVROS”. O natural sucesso da empreitada promoveu as mais variadas reações do meio artístico-cultural.
Uma delas foi enviada a este ombudsman. Trata-se de uma das mais belas cantigas do cancioneiro nacional. O autor revela que o livro indicado pela coluna o inspirou deveras. Caro leitor, siga comigo o seguinte raciocínio:
Tropeçavas nos astros desastrada
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo.
Complexo, não? E continua...
Tropeçavas nos astros desastrada
Sem saber que a ventura e a desventura
Dessa estrada que vai do nada ao nada
São livros e o luar contra a cultura.
Também não entendi, mas prossigamos...
Os livros são objetos transcendentes
Mas podemos amá-los do amor táctil
Que votamos aos maços de cigarro
Domá-los, cultivá-los em aquários,
Em estantes, gaiolas, em fogueiras
Ou lançá-los pra fora das janelas
(Talvez isso nos livre de lançarmo-nos)
Ou o que é muito pior por odiarmo-los
Podemos simplesmente escrever um:
Aqui acho que o Gaetano Dengoso pegou pesado com o Ferrando Henriquieto Caroço. E olha que final meigo...
Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras.
Tropeçavas nos astros desastrada
Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas.
Enfim, tudo isso pra dizer que o livro do Caroço é uma bosta, mas com muita classe.
Uma delas foi enviada a este ombudsman. Trata-se de uma das mais belas cantigas do cancioneiro nacional. O autor revela que o livro indicado pela coluna o inspirou deveras. Caro leitor, siga comigo o seguinte raciocínio:
Tropeçavas nos astros desastrada
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo.
Complexo, não? E continua...
Tropeçavas nos astros desastrada
Sem saber que a ventura e a desventura
Dessa estrada que vai do nada ao nada
São livros e o luar contra a cultura.
Também não entendi, mas prossigamos...
Os livros são objetos transcendentes
Mas podemos amá-los do amor táctil
Que votamos aos maços de cigarro
Domá-los, cultivá-los em aquários,
Em estantes, gaiolas, em fogueiras
Ou lançá-los pra fora das janelas
(Talvez isso nos livre de lançarmo-nos)
Ou o que é muito pior por odiarmo-los
Podemos simplesmente escrever um:
Aqui acho que o Gaetano Dengoso pegou pesado com o Ferrando Henriquieto Caroço. E olha que final meigo...
Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras.
Tropeçavas nos astros desastrada
Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas.
Enfim, tudo isso pra dizer que o livro do Caroço é uma bosta, mas com muita classe.
2 Comentários:
FANTÁSTICO! Relembro também frase de Gaetano publicada aqui na Primeira, quando da criação do PGuei: "plataforma do partido será uma "simbiose de múltiplas facetas inspiradas nos ensinamentos de Clóvis Bornay".
Porque além de ombudsman, todo bom veículo tem poesia.
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