27 julho 2005

Um bom exemplo

Por Olvídio Mor Horelhãns
Embora raros, os acertos dos profissionais de A Primeira Vítima devem ser destacados. O exemplo vem do texto “Polícia britânica mata, mas não estupra”, de Paco Figueroza do dia 26 de julho. O repórter mandou bem. Ouviu várias fontes, utilizou com maestria todos os recursos (tradutor de plantão na redação, agências internacionais, viagem de segunda classe, economizando em tempos difíceis para a mídia) e nos trouxe detalhes culturais riquíssimos, como o curso noturno oferecido aos policiais londrinos “que procura instruí-los sobre as sutis diferenças entre os radicais islâmicos e os migrantes latinos”. Além disso, não foi contaminado pelo deslumbre da viagem.

Quando surge uma oportunidade dessas, muitos colegas nas redações se estapeiam pela vaga. Paco Figueroza manteve a classe. Descarregou um 38, sem mover um único músculo do rosto, naquele que era seu rival direto para ida a Londres.

O arremate do texto tem na fala do senhor Maulo Paluff uma brasilidade total. Trata-se da cena de pessoas pulando as catracas do metrô na capital paulista. Tocou meu coração. Quem já viu, sabe do que estou falando: aquela correria; pessoas catando o chamado cavaco. Um atropelo de dar gosto. E que nos enche de orgulho. Aproveito a oportunidade para agradecer ao senhor Maulo Paluff pela lembracinha. Já mandei calcular o IPVA.

1 Comentários:

At 11:49 AM, Anonymous Anônimo said...

Sr. Olvídioooo,
Gostei da sua demonstração de transparência e independência ao lidar com o sr. Paluff. Continue criticando esse bando de descarados.

 

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